sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Programação do Final de Semana

Programação do Final de Semana - Ajude a construir o Bairro Eliana Silva!!!
Sábado 29/09:
* Mutirão de construção : das 8h as 18h. Trabalho voluntário!
* Festa de Comemoração de um mês de ocupação: 20 h.
 Barraquinhas,
 Forró
 Arrecadação de fundos para a Ocupação
Domingo 29/09:          
* Culto Ecumênico: 09h;
* Mutirão de construção: das 10h ás 17h;
* Cine Eliana Silva - Filme Olga : 19h.
O filme Olga, foi baseado no livro de Fernando Morais a respeito da alemã comunista que foi mulher do líder comunista brasileiro Luiz Carlos Prestes. A vida de Olga Benário Prestes foi digna de ser filmada. Revolucionária, amante do maior nome do comunismo no Brasil, viveu no período entre-guerras e sofreu pela sua condição de judia. Filha de uma família de classe média alemã, rompeu com a mesma para se dedicar à causa socialista, unindo-se ao governo revolucionário soviético. Olga, o filme, mostra desde sua saída de casa, ainda jovem, pela incompatibilidade com a postura da família até sua morte (sim, qualquer espectador minimamente informado sabe que ela morreu nas mãos de Hitler e seu regime nazista) numa câmara de gás em 1942.

 
VIVA A OCUPAÇÃO ELIANA SILVA - NOSSO SONHO RESISTE!!!!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MP investiga se incêndios nas favelas de São Paulo têm relação com interesse imobiliário

21.set.2012 - Moradores da favela do Moinho, localizada na região central
de São Paulo, bloquearam uma das entradas da comunidade,após confronto
com agentes da Guarda Civil Metropolitana. O efetivo da GCM que está
no local desde o incêndio que destruiu 80 barracos da favela tentou
impedir  que moradores reconstruíssem as moradiasno local
Nelson Antoine/Fotoarena/AE

O Ministério Público de São Paulo investiga se a série de incêndios ocorridos desde janeiro deste ano em favelas da capital paulista tem relação com o interesse do setor privado ou do setor público em construir nas áreas de entorno dessas comunidades.

Até agora, segundo a Defesa Civil municipal, foram 31 casos na cidade --15, desde julho. O número é 30% superior ao de todo o ano de 2011, quando 24 incêndios foram registrados. Os números dos bombeiros são maiores: segundo a corporação, a capital registrou 32 incêndios até o começo de setembro de 2012, ante 79 ocorrências durante o ano de 2011. Os bombeiros, no entanto, contabilizam também pequenas ocorrências e comunidades com qualquer número de domicílios.

Em entrevista ao UOL, o promotor de Habitação e Urbanismo da capital, José Carlos de Freitas, afirmou que, “com ou sem incêndio”, a leitura da Promotoria para os casos remete a obras públicas ou interesse do mercado imobiliário.


Incêndios em favelas de São Paulo em 2012
“Chama atenção que os incêndios vêm acontecendo de uns bons anos para cá, e a contagem deles aumentou neste ano”, disse. “Não podemos afirmar que exista uma atitude orquestrada por trás disso, mas é muito preocupante que esses incêndios aconteçam principalmente quando temos obras públicas ou áreas nas quais o mercado imobiliário tem um interesse enorme de produzir habitação à população de alta renda”, completou.

De acordo com o promotor, os procedimentos cíveis e criminais instaurados pelo MP, além de ações civis públicas já propostas nos últimos meses, apuram ainda para onde os moradores removidos em operações urbanas da Prefeitura de São Paulo, ou por conta dos incêndios, foram encaminhados.

“Temos visto que, quando esses moradores saem das áreas atingidas, eles não retornam para sua localidade e não há ações do poder público para garantir que residam onde estavam residindo –que é onde essas pessoas não só moravam como também trabalhavam ou tinham filhos em creches ou escolas, por exemplo”, definiu o promotor. “A exceção muito grande a essa regra é o que acontece com o Jardim Edith: ali, a construção de habitação popular dentro da operação Água Espraiada só foi adiante porque existe ação da Defensoria Pública  acompanhada pelo MP."

Freitas é o responsável pelo inquérito civil do MP que apura o incêndio ocorrido na última segunda-feira (3) na comunidade do Jardim Sônia Ribeiro, conhecida como “Favela do Piolho”, no Campo Belo (zona sul). Na última nesta quarta-feira (5), ele requereu esclarecimentos da prefeitura e do governo estadual sobre as ações “de ordem habitacional, assistencial, de educação e saúde no que diz respeito a essas famílias”. A estimativa é que ao menos 1.400 pessoas tenham ficado desalojadas só nessa favela.

Urbanistas contestam hipótese de “gatos”
Arquitetos urbanistas ouvidos pela reportagem também disseram estranhar a versão oficial de que a maior parte dos incêndios em favelas paulistanas diz respeito ao tempo seco e a ligações elétricas irregulares, os chamados “gatos”. Foi essa a versão fornecida, por exemplo, pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) e pela Defesa Civil municipal quando questionadas sobre as principais causas dos incêndios.

Fonte: UOL

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Estado não inicia construção de casas, devolve os recursos ao Governo Federal, famílias ocupam a área


MLB essa luta é pra valer!

O próximo prefeito de Natal terá um problema a mais para resolver.
300 famílias organizadas pelo MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) ocuparam no último final de semana um terreno no bairro do Planalto que pertence à Prefeitura Municipal.
Trata-se de uma área concedida ao governo estadual para construção de 105 casas, com uma sobra de recursos do PAC Favelas, mas  o prazo final para o inicio das obras terminou em julho deste ano e, não realizado, os recursos voltaram para o Governo Federal.
Ou seja: essas família perderam a possibilidade da casa própria.
“Além disso, a área pública estava sendo loteada e comercializada por aproveitadores sem nenhuma posição do poder público”, denuncia Wellington Bernardo, líder do MLB.
Segundo o movimento, o déficit habitacional hoje na capital-potengi é de 30 mil famílias.
A ocupação é para pressionar a prefeitura a retomar o terreno e repassar para o MLB, que se mobilizará para construir, não as 105 casas, mas 400 apartamentos.

Fonte: Tribuna do Norte – Natal- RN

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Após incêndio, área ao lado de favela em São Paulo é cedida para estacionamento privado


Veja o resultado da política neoliberal e elitista do governo de Kassab e do PSDB em São Paulo. O resultado é a “limpeza étnica”, que discrimina e massacra o povo pobre em beneficio dos interesses de empresas privadas e empreiteiras. É a mesma política adotada em Belo Horizonte pela prefeitura de Márcio Lacerda. A extrema-direita está só esperando resolver a fatura eleitoral ainda no primeiro turno, com a cumplicidade da grande mídia reacionária (Estado de Minas, O Globo, etc.) para atacar as comunidades em luta pela moradia em Belo Horizonte, como a comunidade Eliana Silva, no Barreiro. Por isso, queremos alertar a todas e todos para ficarem ligados, pois a nossa luta só está começando. Enquanto isso, a comunidade trabalho duro para garantir o direito humano de morar dignamente. Segue abaixo a matéria publicada no portal Rede Brasil Atual.

Trabalho de empresa de terraplenagem em terreno de 10 mil metros quadrados da Ceagesp começou dois dias após fogo destruir favela do Moinho, fechando o acesso ao que era chamado de 'bosquinho'

Por: Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual

A favela do Moinho sofreu dois incêndios em menos de um ano,

e é alvo de um projeto para construir ali
um parque (Foto: Danilo Ramos. Arquivo RBA)
São Paulo – Uma semana após o incêndio na favela do Moinho, no centro de São Paulo, uma porção de cimento começa a ganhar feição rapidamente no local que antes abrigava uma área verde, chamada pelos moradores de "bosquinho". O trabalho de uma empresa de terraplenagem começou apenas dois dias após o fogo destruir parte dos barracos em um terreno da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) que, cedido ao setor privado, será transformado em um estacionamento de caminhões.

Até o dia do incêndio, a área era aberta, possuía árvores de pequeno porte e bastante mato, de acordo com moradores da favela. Hoje (24), só havia poucas árvores no local e pelo menos cinco homens trabalhavam na limpeza do terreno, de 10 mil metros quadrados. Com um trator, um caminhão e um carro antigo, os trabalhadores não usavam uniformes que identificassem a empresa.

De acordo com o encarregado de obras, Alfredo dos Santos, todos são empregados da Terraplanagem JC, situada no bairro de Pirituba, zona oeste da capital. Ele afirma que a empresa teria sido contratada pelo Ceagesp para fazer a limpeza do terreno com o intuito de evitar que ele fosse ocupado por desabrigados do incêndio. Não foi possível localizar a empresa.

Apesar de manter contato com Alfredo, o integrante do Departamento Comercial do Ceagesp, Rubens Reis de Souza, afirmou que, após a locação, o Ceagesp não teria mais responsabilidade sobre o terreno. Nenhum dos dois disse saber o nome da empresa que teria alugado a área. A assessoria de imprensa do órgão também não soube informar quem seria o locatário, porém confirmou que a área dará espaço a um estacionamento de caminhões.

A Rede Brasil Atual apurou que Alfredo dos Santos também é supervisor geral da empresa de estacionamento União Park, que, de acordo com o Ceagesp, teria concorrido a uma licitação. Ele nega o fato. Situada entre duas linhas de trem, a possível entrada para o terreno seria passando por parte da Favela do Moinho, localizada embaixo do viaduto, que pegou fogo na última segunda-feira (17).

Os desabrigados da favela começam a reconstruir as casas, mantendo 10 metros de distância do viaduto Engenheiro Orlando Murgel, seguindo orientações da Defesa Civil. De acordo com a prefeitura a estrutura do viaduto foi abalada e uma empresa de construção civil trabalha na reforma do local. O trânsito está impedido em um dos sentidos.

Este é o quinto incêndio na Favela do Moinho, que vitimou uma pessoa e deixou pelo menos 300 desabrigados. Desde 2006 a área, antiga posse da Rede Ferroviária Federal, está em disputa. A prefeitura de Gilberto Kassab (PSD) pretende construir um parque ou uma estação de trem, e alega que o terreno não serve para moradia porque está contaminado. Em dezembro do ano passado ocorreu o maior incêndio do Moinho, que devastou um terço da comunidade, em uma área de 6.000 m². Duas pessoas morreram e dezenas de famílias ficaram desabrigadas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ESFORÇO COLETIVO E SOLIDARIEDADE REERGUEM BARRACOS DERRUBADOS PELA CHUVA. COMUNIDADE AVANÇA!


O final de semana foi de muito trabalho na comunidade Eliana Silva. Os moradores se dedicaram a limpar, organizar e resolver os problemas surgidos a partir da forte chuva de sexta de noite. Depois de muitos transtornos, da destruição de vários barracos, de enfrentar o frio durante toda a madrugada, ninguém desanimou e no sábado pela manhã toda a comunidade já trabalhava para deixar tudo limpo e organizado.

Essa disposição contagiou varias pessoas que foram levar doações, ajudar as famílias e prestar solidariedade. Foram doadas muitas cestas básicas, cobertores, agasalhos, materiais de construção, entre outras doações. Mas é preciso continuar ajudando. Algumas pessoas estão fazendo doações em dinheiro, depositando na conta indicada pela comunidade.

A conta para deposito é:
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
AGÊNCIA 0082   OPERAÇÃO 013
CONTA POUPANÇA   00183657-8

É preciso agradecer aos sindicatos, organizações estudantis, profissionais liberais, as famílias dos bairros em torno da comunidade, pequenos comerciantes e dezenas de pessoas anônimas e voluntárias, que se sensibilizaram com o apelo da sexta de noite. Agradecer carinhosamente aos companheiros do Sindieletro, do Movimento Fora Lacerda, da AMES-BH, de todas as organizações entidades que compareceram para levar solidariedade, carinho e apoio.

Graças a essas iniciativas, muitas casas já estão sendo construídas e a comunidade vai sendo erguida com a força e coragem de trabalhadores que querem somente o direito á moradia. As casas estão sendo erguidas com orientação d arquitetos e engenheiros, além de operários da construção civil que moram no local. O esforço de todos é grande. Outros espaços estão no planejamento, como a construção de um templo ecumênico, ampliação da creche, espaço para prática de esporte. Já está sendo elaborado projeto para alfabetização de jovens e adultos, de sustentabilidade, de criação de hortas comunitárias e tantas outras iniciativas estão sendo debatidas com a comunidade. É importante ressaltar que todas essas ações estão sendo feitas sem nenhum apoio da prefeitura, do governo do estado e do governo federal. São iniciativas da própria comunidade e da rede de apoiadores, que mostram que a logica de gastos com grandes empreendimentos só servem para atender aos interesses de empreiteiras e das grandes corporações. Quando o ser humano é o foco das iniciativas a logica é outra e tem como base a solidariedade e a qualidade de vida.

Temos certeza que isso não resolve os graves problemas gerados por um sistema injusto e desigual, como é o capitalismo. Porém, uma ocupação como a Eliana Silva é um exercício pedagógico da verdadeira cidadania, em que todos estão compartilhando experiências, aprendendo e ensinando coletivamente.

Lutamos e resistimos, pois “Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito”.

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MLB

domingo, 23 de setembro de 2012

"Dedo na Ferida", com rapper Emicida

Rapper Emicida faz protesto e homenagem na música "Dedo na ferida", denunciando as agressões da PM em todo o país contra as famílias pobres que lutam por moradia.

http://www.youtube.com/watch?v=QdvYAjQYdIs&feature=player_embedded

sábado, 22 de setembro de 2012

Nesse final de semana é momento de solidariedade à Comunidade Eliana Silva

Hora de ajudar a Comunidade Eliana Silva, que teve muitos barracos destruídos pelo forte vento e pela chuva de dessa noite. Hora de prestar solidariedade, de levar apoio e carinho para essa gente humilde e lutadora, que só quer um teto para morar e se abrigar, um direito humano e universal, tão ignorado pelas autoridades. Hora de levar alimentos perecíveis: feijão, arroz, macarrão, farinha, açúcar, sal, outros; biscoitos e leite para as crianças. Hora de levar lonas para reconstruir o que foi destruído pelo vendaval. Hora de ajudar aos irmãos tão necessitados, tão explorados e tão humilhados pelo poder público.
Hora de arregaçar as mangas e trabalhar! Como diz nosso poeta maior: "Vamos juntos de mãos dadas".

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Solidariedade à Comunidade Eliana Silva!!!


A comunidade precisa de sua ajuda. Toda a rede de solidariedade deve apoiar naquilo que for possível. No momento, por causa da chuva, precisamos de lonas. Alimentos, cobertores e colchonetes também são muito necessários.

URGENTE: A chuva está trazendo muitos problemas e destruindo muitas barracas na Ocupação Eliana Silva!!!


As crianças vão dormir na creche, que é de alvenaria e muita gente não vai ter onde dormir essa noite. Precisamos de doação de lona urgente!!!!!!!!
Contatos: 9133-0983 (Leo) / 95239701 (Poliana)
Obrigado!!!!!

Rebeld SNJ declara apoio à Comunidade Eliana Silva


As grandes metrópoles estão empanturrando o rabo de dinheiro com a especulação imobiliária, tocando fogo em barracos, despejando as pessoas de suas moradias, fazendo constantes ameaças com ordens de despejo. E a mídia filha da puta e sensacionalista comovida com a situação dessas pessoas finge que está fazendo seu trabalho, mais omitem o principal fator dessa safadeza que os governantes fazem parte dessa pilantragem financeira e covarde elas não divulgam. E as pessoas que acompanham as noticias ficam perdidas com as mentiras que as mídias manipulam.

O MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas) de BH, por exemplo, sofre com os constantes boicotes que a mídia local desprende sobre o movimento, articulando cada informação e difundindo somente oque lhes são convenientes segundo a companheira (Elis Tavares) que convive e apoia os movimentos, onde também discute sobre a situação local da sociedade Mineira e brasileira.

Eu Rebeld Snj (Somos Nós a Justiça) apoio o MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas) e digo um foda-se bem grande pro Governo Mineiro, Governo Paulista e todos os seus lacaios!!!!!

Comunidade Eliana Silva está precisando de mantimentos


A ocupação Eliana Silva está precisando de alimentos, arroz, feijão, macarrão, água, sal, biscoitos e outros alimentos não perecíveis. Precisa também de leite, já que existem muitas crianças na comunidade.

É fundamental que a rede de solidariedade se mobilize e leve essa mensagem ao maior número de pessoas possíveis. As entidades sindicais e organizações sociais que puderem ajudar estarão contribuindo para melhorar as condições de vida na comunidade. Todo o trabalho realizado internamente na comunidade e o apoio recebido da rede de solidariedade é feito voluntariamente.

São religiosos, arquitetos, advogados, jornalistas, engenheiros, professores, médicos, geógrafos, entre outros profissionais, centenas de estudantes, dezenas de sindicalistas, ativistas dos movimentos populares e sociais, pessoas que dedicam atenção para ajudar centenas de famílias pobres, desprotegidas pelo Estado e pelo poder público, sem atenção da prefeitura e do governo.

Aproveite o final de semana e vá conhecer nossa comunidade, conversar com seus moradores, saber das diversas inciativas que estão sendo realizadas, como a proposta de uma comunidade que se prepara para construir uma vila ecológica, com preservação ambiental, educação, sustentabilidade e reciclagem.

Para doações em dinheiro, deposite na conta abaixo:
Caixa Econômica Federal – AG 0082 – Conta Poupança – 00183657-8 – Ivan Pereira Inácio

Esperamos você de braços abertos!

Como chegar na Comunidade Eliana Silva:
Para chegar à comunidade é só pegar ônibus em direção á Estação Diamante e lá pegar a linha 309 (Bairro Petrópolis), descer no campo do bairro Santa Rita. A comunidade Eliana Silva fica na Av. Perimetral.

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MP investiga se incêndios em favelas estão ligados a interesses econômicos


Camila Maciel - Agência Brasil

Incêndios acontecem em áreas de São Paulo onde se
pretende construir empreendimentos habitacionais e
comerciais e onde há obras públicas
a serem implantadas (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
São Paulo – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) investiga se há origem comum entre os incêndios em favelas paulistanas, por suspeita de que estejam sendo provocados por grupos interessados em tirar vantagem econômica dos terrenos. A declaração foi dada hoje (18) à Agência Brasil pelo promotor da área de Habitação e Urbanismo José Carlos Freitas.
“É curioso notar que esses incêndios têm acontecido, de forma geral, em lugares onde há forte interesse do mercado imobiliário”, avalia o promotor. Ele aponta que, normalmente, são áreas nas quais se pretende construir empreendimentos não só habitacionais, mas também empreendimentos comerciais, especialmente, onde há obras públicas a serem implantadas. A área criminal [do MP] está preocupada com a essa coincidência”, justificou.

A Câmara Municipal de São Paulo também investiga as causas e responsabilidades sobre os incidentes por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada em abril de 2011. Só em 2012, por exemplo, ocorreram 33 incêndios de grandes proporções em favelas da capital paulista. A comissão já identificou que a apuração das causas dessas ocorrências é quase sempre inconclusiva.

Para Freitas, embora os incêndios sejam justificados por condições como falta de umidade e precariedade das moradias, a explicação não é lógica. “Outras favelas que têm a mesma estrutura de construção também estão sujeitas à falta de umidade, mas os incêndios não têm acontecido com essa frequência em regiões mais distantes”, compara.

Uma das atribuições da Promotoria de Habitação e Urbanismo é acompanhar o destino dado às famílias que são desalojadas em decorrência dos incêndios. “Ao longo dessas investigações, quando detectamos alguma prática criminosa, nós encaminhamos para a Promotoria Criminal para que ela apure as causas e se há alguma atividade orquestrada para incêndios dessa natureza”, explicou.

Edição: Davi Oliveira

Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura divulga nota em apoio à |Comunidade Eliana Silva


A Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura (FENEA) reunida em Conselho Nacional apóia a ocupação Eliana Silva, e as outras ocupações urbanas de Belo Horizonte, com base no direito básico a moradia, previsto no 6 artigo da Constituição da República Federativa do Brasil e reforçado pelo Estatuto da Cidade.

Nos dias 11 e 12 de maio de 2012, 350 famílias que não tinham moradia foram brutalmente despejadas com grande força policial – por mais de 400 policiais armados com cavalaria e carro de combate (caveirão) – de suas casas na Ocupação Eliana Silva no Barreiro, em Belo Horizonte. As famílias organizadas deixaram o terreno após resistir por mais de 24 horas.

Na madrugada do dia 25 de agosto mais de 300 famílias organizadas, diante da ineficiência do poder público para garantir o direito à moradia se uniram a algumas famílias que já ocupavam um terreno abandonado há mais de 40 anos que não cumpria a função social da propriedade.

O Estado de Minas Gerais, através da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (CODEMIG), repassou o terreno ocupado pela Nova Eliana Silva, bem como os de outras ocupações na proximidade como a Camilo Torres e a Irmã Doroty, para empresas sem licitação que instalassem indústrias que cumprissem a função social econômica, passando 20 anos sem que elas as ocupassem.

As políticas públicas habitacionais do país não têm sido efetivas para suprir onde está concentrado a maior parcela do déficit habitacional que é de famílias que tem renda entre zero a três salários mínimos. Como exemplo o déficit habitacional belo horizontino passa de 150 mil casas e a atual gestão municipal não construiu nenhuma moradia que contemple famílias que tem a renda mais baixa. O Programa Vila Viva da Prefeitura de Belo Horizonte tem expulsado para a periferia da região metropolitana, e além dela, 40% dos moradores de favelas restringindo delas também o direito à cidade e as famílias que são reassentadas tem suas vidas prejudicadas com a mudança de rotina, quebra das relações sociais e perda na qualidade espacial das suas moradias com a imposição de apartamentos de dimensões mínimas.

Frente a uma ordem de despejo contra a comunidade, nós da FENEA repudiamos qualquer ato de violência contra famílias que lutam pelo direito básico a moradia.

Pela defesa das ocupações urbanas Camilo Torres, Dandara, Eliana Silva e Irmã Doroty, pois enquanto morar no nosso país for um privilégio ocupar é um direito. A luta pelo direito à cidade e à moradia digna é de todos nós estudantes de arquitetura e urbanismo.

Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura - FeNEA

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Estudo mostra efeitos da especulação imobiliária na economia brasileira

Estudo conduzido por dois pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta "possibilidade concreta de existência de uma bolha no mercado de imóveis no Brasil", que pode estourar com a possível elevação futura dos juros. Ou, em outras palavras, que a disparada dos preços de casas, terrenos e apartamentos nos últimos anos está resultando em valores irreais, incompatíveis com os movimentos de oferta e procura do mercado -e, portanto, insustentáveis.
Assinado pelos economistas Mário Jorge Mendonça e Adolfo Sachsida, o trabalho alimenta com novos argumentos a controvérsia instalada entre estudiosos, compradores e vendedores. Os autores calculam que os preços tiveram alta de 165% na cidade do Rio de Janeiro e de 132% em São Paulo entre janeiro de 2008 e fevereiro deste ano, contra uma inflação de 25% no período.
Com intervalos de tempo menores, em razão da indisponibilidade de dados mais antigos, também se constataram aumentos bem superiores à inflação em capitais como Recife, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.

IMPULSO DO GOVERNO
Tradicionalmente, bolhas de preços são infladas pelo crescimento acelerado da oferta de crédito.
Esse crescimento aconteceu no setor habitacional brasileiro -com o impulso, enfatiza o estudo, de programas, incentivos e obras do governo federal.
"A insistência do governo em aquecer ainda mais um mercado imobiliário já aquecido só tende a piorar o resultado final", diz o texto.
Entre os exemplos citados estão, além dos juros favorecidos para o setor imobiliário, o programa Minha Casa, Minha Vida e os empreendimentos vinculados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
Vinculado à Presidência da República, o Ipea não endossa essas conclusões. Em seu boletim "Conjuntura em Foco", o órgão argumenta que o volume de crédito no país ainda está muito longe dos 65% do Produto Interno Bruto contabilizados nos EUA.
Mas o próprio boletim mostra a rapidez da expansão dos financiamentos habitacionais brasileiros, que saltaram de 1,5%, em 2007, para mais de 5,5% do PIB neste ano.

BANCOS PÚBLICOS
Mendonça e Sachsida afirmam que, a partir do agravamento da crise internacional, no final de 2008, o crédito imobiliário tem crescido em ritmo superior ao do destinado a outros setores, especialmente nos bancos públicos.
Antes, a ampliação do crédito era puxada por bancos privados e privilegiava os setores industrial, rural, comercial e empréstimos diretos a pessoas físicas.
Segundo o estudo, a escalada dos preços dos imóveis tende a ser interrompida ou revertida com a alta dos juros, o que é esperado com a retomada do crescimento econômico e, mais ainda, com uma alta futura das taxas internacionais.
O texto diz que os efeitos de uma eventual crise no mercado imobiliário brasileiro não serão catastróficos como os do estouro da bolha americana, ponto de partida da crise global. "Contudo, não serão desprezíveis."

ASCENSÃO SOCIAL
Bolhas especulativas acontecem, pela definição mais usual, quando os preços sobem simplesmente porque os investidores e compradores acreditam que os preços subirão ainda mais no futuro.
Exemplos do gênero são mais comuns nos mercados de ações e imóveis, mas o primeiro caso documentado, no século 17, envolveu a mania por tulipas na Holanda.
Os preços subiram rapidamente e pessoas de todas as classes vendiam propriedades para investir nas flores. Depois de alguns anos, a bolha estourou, os preços caíram subitamente e inúmeros negociantes foram à falência.
Não é simples determinar se uma disparada de preços é uma bolha ou se está amparada em transformações da economia ou da sociedade.
No caso dos imóveis brasileiros, a alta pode ser resultado da ampliação da classe média nos últimos anos, possibilitada pela melhora do mercado de trabalho e pela ampliação dos programas de transferência de renda.
É o que defende um estudo produzido em 2010 pela MB Associados a pedido da associação dos bancos financiadores de imóveis. Por esse raciocínio, a ascensão social impulsionou a demanda em ritmo superior ao da oferta.
O texto não descartava, porém, a possibilidade de que a alta de preços se transformasse em bolha no futuro. E acrescentava que bolhas só podem ser determinadas com certeza quando estouram.

Depoimento revela simplicidade na Comunidade Eliana Silva


Mesmo vivendo em lonas, o clima é de alegria e otimismo.
No último domingo, estivemos junto com educadores ligados ao Movimento Fora Lacerda em uma atividade voluntária na Ocupação Eliana Silva. Roda de leitura de poemas e brincadeiras com as crianças da comunidade. A atividade desenvolvida foi dedicada às crianças. No entanto, como em toda comunidade normal, as crianças estão presentes em todos os momentos da vida cotidiana.

A comunidade ocupa terrenos no bairro Santa Rita, Regional Barreiro. Os terrenos, originalmente terras devolutas do estado de Minas Gerais, são hoje reclamados por um senhor, pessoa física, que através de um confuso imbróglio jurídico envolvendo governos, indústrias e grandes bancos, alega ser agora o proprietário. As famílias da Ocupação Eliana Silva pertencem a uma parte da população trabalhadora que, mesmo quando com empregos formais, são vítimas dos salários historicamente baixos no Brasil. Sua situação se agravou com a especulação imobiliária que assola Belo Horizonte. Nessas condições, não têm como pagar os aluguéis exigidos pelo mercado.

A luta pela moradia cresceu e se fortaleceu com a Ocupação.
Está em vigor uma ordem judicial de despejo dessa comunidade, ainda não cumprida porque a hipocrisia dos poderosos faz com que esperem o fim do processo eleitoral. Querem realizar a desmoralizante ação de despejo sem maiores incômodos para si mesmos. O dia das eleições, que muitos chamam de “festa da democracia”, será o início de tempos de grande apreensão e angústia para essas famílias. Trata-se de uma comunidade capaz de criação e de trabalho, capaz de pensar seus problemas e de buscar a alegria. Sua presente situação merece uma solução racional por parte da sociedade e dos poderes públicos.

Denis Reis

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PRECATÓRIO HABITACIONAL


Evandro de Pádua Abreu [1]

Frei Gilvander entrevista Evandro de Pádua no Palavra Ética.
Virou moda no Brasil, inclusive em Belo Horizonte, a repetitiva e cansativa alegação dos administradores públicos, no sentido de que a solução de moradia para os carentes, deve seguir a ordem do “Cadastro Habitacional”, criado por aqueles que, além de ignorar o direito constitucional de habitação, não têm a necessária competência para dar fim ao sofrimento dos que não dispõem de meios para ter uma moradia digna, mesmo que modesta.

Em São José dos Campos a desastrosa desocupação do Pinheirinho foi atribuída pelo Prefeito ao “famigerado” Cadastro Habitacional, que se tornou naquela cidade instrumento de proteção de um conhecido e contumaz sonegador de impostos.

Em Belo Horizonte a situação assumiu proporções igualmente graves, quando a Prefeitura obteve ordem da Justiça, através de “despacho singular”, para promover o despejo em área que sequer lhe pertence (Ocupação Eliana Silva, no Barreiro) e quando a imprensa local publicou  uma série de reportagens, dando notícia da venda de terrenos pertencentes ao Município, que bem poderiam ou poderão ser instrumento de solução de parte  do estático Cadastro Habitacional.

Essa providência de desfazer desses terrenos inservíveis é válida, inteiramente válida, porém, não para engordar o tesouro do município, embora com a prometida destinação de sessenta por cento da arrecadação para habitação popular e dos outros quarenta por certo para programas sociais não especificados.

Se esses terrenos não se ajustam às posturas construtivas para fazer o Cadastro andar, deveriam, em primeiro lugar, ser oferecidos em “permuta”, por terrenos próprios para  solucionar o problema dos carentes e, somente em alternativa final, deveriam ser vendidos, porém, para arrecadação de dinheiro “carimbado”, fiscalizado e  destinado exclusivamente às parcerias com a União e o Estado, com a finalidade de viabilizar  projetos que sejam eficazes  e não enganosos, em demonstração, que nunca foi dada, de que o  Cadastro Habitacional não é  apenas um meio de panfletagem eleitoral.

Dessas vendas que estão por acontecer em Belo Horizonte, o que mais se lamenta é a passividade da Câmara Municipal que, de forma efetiva, nunca se preocupou com a falta de abrigo para os carentes, ao que parece, nem quando o Ministério Público e um Vereador mais atento tornaram pública a sua dúvida quanto aos preços propostos para venda,  tudo como também foi  noticiado nas  recentes e oportunas reportagens.

A exemplo do Poder Executivo, os Vereadores, com raras e justas exceções, preferem que, em Belo Horizonte, ao invés, por exemplo,  do “Minha Casa Minha Vida”, multipliquem-se os “Hotéis Viaduto”, as “Pousadas Marquise” e os “Restaurantes Lixão”. Essa é uma solução mais barata e cômoda, pelo menos no pensamento daqueles que não têm compromisso com a miséria alheia e que se escudam em soluções decorrentes de parcerias e remanejamentos obrigatórios para solução de problemas viários inadiáveis, como é o caso da Vila São José, para esconder corajosamente o seu descaso com o sofrimento dos que, ao relento, têm a chuva e o frio como parceiros de todos os dias e das noites que, para eles, são sempre mais longas.

Dentro desse contexto, a conclusão a que se deve chegar é que, pelo menos em Belo Horizonte, o “Cadastro Habitacional” transformou-se hoje em verdadeiro “Precatório Habitacional”, onde são listados aqueles que têm a titularidade de  créditos,  líquidos e certos, mas que não têm o direito de receber o que lhes é devido,  por estarem seus nomes mumificados na inerte contabilidade financeira do tesouro público.

Essa é hoje a situação em Belo Horizonte dos credores de moradia, de baixa ou nenhuma renda, face à sua condição de inscritos e dependentes do estático e enganoso “Precatório Habitacional” do Município.

[1] Advogado em Belo Horizonte, MG, Brasil; ex-secretário da Fazenda do Governo Hélio Garcia (1º mandato) e ex-secretário da Casa Civil do Governo Hélio Garcia (2º mandato) do Estado de Minas Gerais; e-mail: evanpadua@gmail.com

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ALERTA: PM AMEAÇA FAMÍLIAS DA OCUPAÇÃO ELIANA SILVA!!!!

Tensão na Ocupação Eliana Silva, em BH.

Sexta-feira com provocações e covardia da PM/MG contra as famílias da comunidade Eliana Silva.

A Polícia Militar/MG chegou para cortar a energia da CEMIG da Ocupação Eliana Silva, mas o povo não aceita, pois energia é bem essencial, é bem público, além de alguns moradores necessitarem na energia para armazenamento de substâncias vitais como no caso da insulina dos moradores diabéticos.

A PM está sem ordem judicial para cortar e estão ameaçando prender lideranças.

Cortar a energia dos moradores é injusto! Exigimos o recuo da PM e que a CEMIG primeiro conquiste na justiça autorização para tal. O povo pobre tem direito a energia, que é um bem público.

Seguimos em luta!

"Equanto morar for privilégio, ocupar é um direito!" Eliana Silva resiste!

O que não sai nas pesquisas eleitorais sobre a prefeitura de BH


Estudo da ONU aponta BH como a quarta metrópole mais injusta e desigual da América Latina!

Desabamentos ocasionados por chuvas: descaso da Prefeitura
Diante do questionável resultado da última pesquisa Datafolha/Globo, que aponta um crescimento do prefeito Márcio Lacerda, mais uma vez constatamos a tentativa desses meios de comunicação de manipularem a vontade do eleitorado mineiro. Porque então não incluem em suas perguntas o recente estudo da Organizações das Nações Unidas (ONU), sobre a vida nas metrópoles da América Latina, que coloca BH como a quarta mais injusta e desigual do continente? Qual a opinião dos pesquisados a respeito desse estudo? Certamente os resultados seriam outros? Na verdade não se quer apurar os dados com idoneidade, simplesmente querem apenas impôr seu candidato goela abaixo do povo sofrido de BH.

Entre a BH da ficção dos programas eleitorais e a da realidade cotiana de seus milhões de habitantes, o estudo da ONU desmonta a farsa publicitária de que temos o melhor prefeito do Brasil. Essa enorme propaganda de afirmar que Lacerda é o melhor prefeito do Brasil não passa de um delírio e um fetiche da burguesia mineira, das classes dominantes de se colocar como competente e capaz para manter-se no poder.

O estudo das Nações Unidas divulgado na terça-feira (21 de agosto) classifica a América Latina e o Caribe como as regiões mais urbanizadas e desiguais do Mundo. O levantamento é pioneiro. Ele traça o panorama de desenvolvimento latino-americano e escancara as grandes deficiências que persistem no processo de urbanização.

O estudo da ONU selecionou 24 cidades para avaliação e concluiu que Belo Horizonte é a quarta metrópole com pior distribuição de renda da região. Se considerarmos somente o Brasil, a capital mineira fica em terceiro lugar, atrás de Goiânia e Fortaleza.

De acordo com o representante da ONU para a América Latina, Erik Vittrup, as formas de planejamento das cidades são equivocadas. “É ridículo que, ainda hoje, reproduzimos cidades com modelos de expansão horizontal de um andar”, disse.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Nesse momento Audiência Pública na Câmara de BH


Moradia: Plenário tomado pelas famílias da Ocupação Eliana Silva.

a vez o povo organizado participa de uma audiência pública na Câmara Municipal de BH. Como era de se esperar, apenas dois vereadores estão no plenário acompanhando a sessão, o que mostra o total descompromisso dos legisladores atuais com os graves problemas da população de Belo Horizonte.

Na foto, as famílias da Ocupação tomam conta do plenário.

Leonardo Péricles, coordenador do MLB denuncia a situação da moradia em BH: "Nós somos 370 famílias e somos organizadas mesmo, porque o povo pobre tem que se organizar para lutar e tem que estudar para não ser enganado."

Para Leonardo Debossan, da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), "Em Belo Horizonte a prioridade dos terrenos são para construir grandes empreendimentos ao invés de moradia e áreas de interesse social, apesar do enorme deficit habitacional, da população não ter moradia."

Apesar disso, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) vem dando um grande de resistência contra a falta de política habitacional do prefeito Márcio Lacerda e luta por uma verdadeira política habitacional em BH. O MLB vem apresentando propostas e reivindicações para acabar com gigantesco déficit habitacionall na cidade, reivindicando que seja implantado o Programa "Minha Casa, Minha Vida" em BH e a implementação de políticas públicas para moradia popular.

Belo Horizonte figura entre as metrópoles mais desiguais no continente, sendo a quarta cidade mais injusta da América Latina, de acordo com estudos apresentados pela Organização das Nações Unidas. em tempos de campanha eleitoral, a propaganda oficial é mentirosa e esconde essa preciosa informação dos eleitores e da população, vendendo a idéia de que vivemos num paraíso. Além disso, os meios de comunicação não cumorem seu papel social de informar com ética e correção.

A Ocupação Eliana Silva é uma pedra no sapato dos políticos que fazem carreira em Belo Horizonte  e em Minas Gerais, é um problema para a um prefeito desumano e que só tem olhos para as empreiteiras e empresários.

“Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito!”.

Eliana Silva resiste e luta!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Arte e Grafite na Creche da Ocupação Eliana Silva



"Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo, e com cinco ou  seis retas é fácil fazer um castelo...
  Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva... e se faço chover, com dois riscos tenho um guarda     chuva....
 ..... Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel....
  Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu...."  Aquarela - Toquinho

Hoje as crianças da Ocupação Eliana Silva, viram o espaço de aprendizado, convivência e desenvolvimento pedagógico da ocupação, ganhar um toque de esperança e alegria através da arte visual.

O grafite realizado na parte externa da creche traduz com desenhos e cores a alegria da infância, tornando o ambiente agradável, e incentivando as crianças a participarem das atividades.

As crianças estão tendo a oportunidade de presenciar a transformação do ambiente, dia a dia. Assim aprendem a importância da construção coletiva, da convivência social, do cuidado e da preservação do próprio espaço.

 Visite a Creche!! Acompanhe nosso trabalho!


Comunidade Eliana Silva conquista grande vitória na justiça!!!


Uma vitória da Justiça para a Ocupação Eliana Silva. O juiz da 13ª Vara Cível indeferiu a liminar de reintegração de posse solicitada pelo empresário Newton, que alega ser proprietário do Lote 30, ocupado pelas famílias da comunidade Eliana Silva. O autor da liminar ainda pode recorrer, mas isso é resultado de um trabalho realizado por vários advogados que atuam na defesa das famílias e em favor do movimento de luta pela moradia popular em BH.

Outras medidas jurídicas estão sendo realizadas no sentido de garantir a permanência das famílias no local e na solução do problema habitacional que atinge as 400 famílias de nossa comunidade. Diante disso, a PM não precisa ficar fazendo rondas em torno da comunidade, ameaçando e intimidando as lideranças do movimento e seus moradores. Exigimos respeito!

Enquanto isso, os moradores da Ocupação Eliana Silva estão trabalhando e melhorando a infraestrutura no local. Uma sala de aula foi construída e mostra uma grande preocupação da comunidade e do movimento com a criação de um espaço de formação e de educação para as crianças, os jovens e também os adultos. Tudo isso, sem um centavo do poder público, mas com esforço e apoio de uma rede de colaboradores que cresce a cada dia.

Depois dessa grande vitória na justiça, a luta cresce e avança.

Eliana Silva resiste e Luta!

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Eliana Silva já constrói esperanças! Ajude nessa construção


Muitas pessoas vêm colaborando para ajudar as famílias da ocupação Eliana Silva a sobreviverem diante das condições adversas que é a vida num acampamento com barracas de lonas, expostas ao sol e a chuva, além das ameaças e provocações constantes da Polícia Militar e da Guarda Municipal da Prefeitura de BH. O governo de Minas gerais e Prefeitura de BH ao invés de dialogar com a comunidade, prefere ameaçar e esmagar o direito humano de famílias pobres a uma moradia digna.

Apesar disso, as famílias vão trabalhando para construir as condições mínimas para uma vida melhor, num local que ainda carece de melhores condições estruturais. A cada dia novos desafios aparecem, novas dificuldades e avanços para a comunidade.

Nos próximos dias será inaugurada oficialmente a Creche Comunitária, que já está funcionando para que as crianças possam ter acompanhamento adequado. A nova estrutura já propícia mais conforto para as crianças da comunidade. Nessa nova etapa, é necessário que as doações se ampliem. As pessoas interessadas devem contribuir com material escolar para ajudar no melhor aprendizado e desenvolvimento infantil. Outra ideia que está sendo estudada pela coordenação do MLB é a utilização da sala de aula, construída para a educação de jovens e adultos dos moradores. Um projeto pedagógico está sendo preparado pro educadores e será apresentado também.

Essas novidades estão sendo realizadas a partir de bastante debate e estão sendo definidas coletivamente. Outras medidas que visam integrar a comunidade, interagir com as comunidades da região e melhorar a autoestima das pessoas estão sendo encaminhadas. São projetos culturais, oficinas de teatro, música, orientação médica e jurídica. O que o Estado deveria prover, a própria comunidade está tratando de buscar soluções alternativas. Para isso são necessários voluntários de todas as áreas. Muitos colaboradores têm se apresentado para ajudar.

É uma experiência rica para famílias que estão vivendo sob a lona e ainda precisam resolver vários problemas, além de lutar para assegurar que o terreno seja utilizado para a construção de moradias populares.

Nesse sentido, as doações e o apoio da rede de colaboradores são cada vez mais importantes. Para ajudar, é só entrar em contato conosco por e-mail ou nos telefones indicados. Precisamos de pessoas para ajudar no trabalho de acompanhamento do cadastro da famílias (fale com a coordenação e saiba dos detalhes para ser um voluntário). São necessários apoio na área de medicina, construção, psicologia, pedagogia, entre outros. Contamos com a nossa rede para que a esperança de luta pela moradia popular da Ocupação Eliana Silva seja uma realidade. Se você ainda não faz parte da nossa rede de colaboradores, voluntários e apoiadores. Entre em contato e visite a comunidade Eliana Silva.

Além disso, as pessoas ou entidades interessadas podem adotar uma família e ajudá-la na construção de sua moradia popular.

Eliana Silva resiste e luta!