quarta-feira, 29 de maio de 2013

Chuvas de ontem trouxeram transtornos a Ocupação Eliana Silva

Nas chuvas de ontem (28 de maio) à noite, mais de uma dezena de barracos ficaram danificados na ocupação. A força dos ventos fez com que alguns telhados se quebrassem.  As fortes enxurradas fizeram com que a água entrasse no piso de alguns barracos que ficaram cheios de lama. Algumas famílias tiveram perdidos seus mantimentos. Apesar dos transtornos, ninguém ficou ferido e os barracos que ficaram sem telhados as famílias foram direcionadas pela coordenação da ocupação, para serem acolhidas nas casas dos vizinhos.

Pedimos a todos os nossos amigos que puderem para nos ajudarem com:

Alimentos: arroz, feijão, macarrão, açúcar, óleo;
Telhas de amianto;
Sacos de cimento;



Contatos: 9133-0983 ou 95232111

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Curta metragem “A Rua é Pública”,filmado na Ocupação Eliana Silva, concorre a premiação em Florianópolis


O Curta metragem “A Rua é Pública” feito pelo cineasta Anderson Lima, está entre os 72 curtas selecionados entre 167 inscritos na 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. A mostra acontecerá entre os dias 28 de Junho e 14 de Julho, no Teatro Governador Pedro Ivo Campos. Dos estados participantes, São Paulo se mantém como o Estado com maior participação na produção de audiovisual para a infância, com 18 curtas selecionados, seguido por Rio de Janeiro, com 12 filmes, Minas Gerais com 8 filmes, Paraná com 7, Rio Grande do Sul com 6. Santa Catarina (6 filmes selecionados) e Bahia (4) aumentaram suas participações com relação à edição anterior (1 e 2 respectivamente). Esse ano também foram selecionados dois filmes de coprodução Brasil e Espanha.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Apesar da tentativa de golpe da prefeitura de BH, conferência das cidades é adiada


No dia 18 de maio, sábado, mais uma tentativa de golpe por parte da prefeitura de Belo Horizonte foi desarticulada. A 5 conferencia das Cidades – Belo Horizonte, foi convocada pela prefeitura de Belo Horizonte de forma arbitrária e sem a participação dos movimentos populares da cidade. 
“A prefeitura de Belo Horizonte, desrespeitando o histórico das próprias outras quatro conferências, que tiveram média de mil participantes, limitou a participação à 300 pessoas”, disse Leonardo Pericles da Coordenação Nacional do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB. E não foram somente essas as irregularidades: “além disso, a suposta comissão preparatória, eleita de forma anti-democrática pois na época de sua eleição, quase nenhum movimento foi avisado, aprovou um regimento que impedia entidades que não tem registro no município de participar da conferência e isso é ilegítimo, uma vez que se trata de uma etapa de uma conferência nacional e mais, a maioria das associações de bairro não têm registro, e nem por isso não são legitimas” argumenta Leonardo.
 A desorganização e despreparo dos organizadores ficou evidente. Dezenas de pessoas ficaram mais de uma hora na fila para não conseguirem nem se inscrever como observadores.
Nesse contexto, o MLB e a Ocupação Eliana Silva, juntamente com diversos movimentos presentes tentou entrar no espaço onde a suposta conferência estava sendo iniciada. A prefeitura de Belo Horizonte acionou a guarda municipal para tentar impedir a entrada dos movimentos: “Fomos recebidos com cassetetes e spray de pimenta da guarda Municipal, isso contra trabalhadores lutando legitimamente por seu direito de participar da conferência” Relata Poliana Souza da Coordenação da Ocupação Eliana Silva.
O Deputado Federal Nilmário Miranda,  destaca que a insatisfação não se deu só hoje, mas estava colocada desde o processo de credenciamento, que chegou a ser cancelado e depois reaberto. “A concepção da conferência é a participação. Tem que ter regras, regras democráticas, mas a presença deve ser acolhida, mesmo de quem não é observador ou delegado”, observa.
Nilmário aponta ainda que o objetivo da conferência é discutir o direito à cidade, com tudo que isso inclui, como a moradia, transporte, segurança, meio ambiente, acesso aos bens e serviços essenciais, controle da especulação imobiliária. “Por isso a participação popular é essencial. Quando ela é restringida, a conferência perdeu o sentido”, afirma (1).  
Depois de muito enfrentamento e agressões por parte da Guarda Municipal, centenas de participantes, indignados com tamanha covardia da Prefeitura de Belo Horizonte, se juntaram aos movimentos e garantiram a entrada de todos. 
Após o incidente foi feita a leitura do regimento que foi destacado por  praticamente todos os movimentos presentes e estes, foram unanimes ao defender o adiamento da Conferência que foi aprovado pela maioria dos presentes. Ainda foi decidido pelos movimentos a organização de uma nova comissão preparatória com a participação de mais movimentos populares e a remarcação da Conferência com critérios democráticos que possibilitem a participação de todos os movimentos de nossa cidade.  
“Essa foi uma vitória dos movimentos populares que impediram mais um golpe da prefeitura de BH, agora é impedir que a prefeitura possa tentar outra fraude, quem deve mandar na conferência são os movimentos” disse Poliana.

(1) Entrevista com Deputado Nilmário Miranda foi retirada de matéria da Jornalista Joana Tavares do Portal Minas Livre.

Da Redação MG

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Conferência das Cidades é adiada

Sáb, 18 de Maio de 2013 18:38 Joana Tavares, Portal Minas Livre

Após protesto de movimento de moradia impedido de participar do evento e de repressão da Guarda Municipal, 5ª Conferência das Cidades em Belo Horizonte foi adiada. 

Estava prevista para hoje (18) a realização da 5ª Conferência das Cidades em Belo Horizonte, como parte do processo para a realização da conferência estadual, prevista para setembro, e a nacional, que ocorrerá em novembro. Apesar de um dos objetivos oficiais da conferência ser o de “propiciar a participação popular de diversos segmentos da sociedade”, movimentos urbanos denunciam que a conferência foi organizada de forma a limitar a participação e mesmo de excluir determinados segmentos.

Em protesto contra a impossibilidade de entrar no local da conferência – no colégio Arnaldo, em um auditório onde não cabiam mais de 350 pessoas – cerca de 100 moradores da ocupação urbana Eliana Silva e militantes de organizações como o Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) realizaram ato na porta do local. “Tamanho foi o autoritarismo para impedir a participação que estavam cobrando registro no município das entidades que quisessem indicar delegados. A maioria das associações de bairro não têm registro, e isso não as faz menos legítimas. Além disso, não é isso que pode determinar quem participa ou não”, contextualiza Leonardo Péricles, da ocupação Eliana Silva e do MLB, um movimento nacional que não tem registro em BH.

Leonardo explica que o movimento entrou com recurso junto à comissão estadual denunciando as irregularidades, mas que, frente à decisão de fazer a conferência mesmo assim, eles decidiram ir em peso para protestar na porta. “Fomos para cima, dizendo que queríamos participar. A conferência não tem dono, assim como a cidade não tem dono, apesar da intenção do prefeito. A Guarda Municipal foi nos impedir de entrar, e bateram em companheiros, jogaram spray de pimenta nos olhos, no nariz das pessoas”, relata. Diante da confusão, muitas pessoas saíram do auditório e os manifestantes puderam enfim entrar.

Foi feito então um destaque no regimento e proposto o adiamento da conferência. “Ficou da comissão atual, juntamento com outros movimentos, remarcar a data, desta vez com critérios democráticos para garantir a participação dos movimentos”, informa Leonardo.

Magali Ferraz Trindade, delegada pela associação de bairro do Planalto, considerou positivo o adiamento da conferência, pois não concordou com a forma de organização. “Do jeito que estava, não era feita para atender as demandas do povo. Deveria ter sido mais divulgada, e mais pessoas deveriam poder participar”, afirma.

Magali, que está na luta pela defesa da mata do Planalto, denuncia que essa é a forma com que a prefeitura trata as reivindicações populares: “a forma como eles agem não é democrática. Acho que todos devem falar, participar, opinar. Participei da discussão do plano diretor e até hoje está tudo no papel. Essa forma que eles agem é para reprimir mesmo. E a realidade está aí escancarada”, diz.

O deputado federal Nilmário Miranda questiona também a forma de realização da conferência, desde a escolha do local, considerado muito pequeno. “Uma parte substantiva dos participantes não estava credenciada. Quando o pessoal do Eliana Silva chegou, chegou também a Polícia Militar, com 10 viaturas. E muita Guarda Municipal”, denuncia. Nilmário fala que até pessoas com crianças foram empurradas. “Houve conflito, foi jogado gás de pimenta. Um ambiente que nunca tinha visto aqui”, afirma.

Nilmário destaca que a insatisfação não se deu só hoje, mas estava colocada desde o processo de credenciamento, que chegou a ser cancelado e depois reaberto. “A concepção da conferência é a participação. Tem que ter regras, regras democráticas, mas a presença deve ser acolhida, mesmo de quem não é observador ou delegado”, observa.

Nilmário aponta ainda que o objetivo da conferência é discutir o direito à cidade, com tudo que isso inclui, como a moradia, transporte, segurança, meio ambiente, acesso aos bens e serviços essenciais, controle da especulação imobiliária. “Por isso a participação popular é essencial. Quando ela é restringida, a conferência perdeu o sentido”, afirma.  

Para ele, a prefeitura precisa refletir sobre o ocorrido na manhã de hoje. "Não devemos ver movimento social como estorvo ou problema. Pelo contrário, movimento social luta para efetivação de direitos ou criação de direitos novos.  É a razão de ser da reforma urbana. A lógica de contenção, de ver como inimigo, está errada", diz.

Fonte: Portal Minas Livre

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nota do MLB sobre a repressão da polícia e da PBH sobre as famílias das ocupações Eliana Silva, Camilo Torres e Irmã Dorothy





Um trator com apoio do Batalhão de Choque chegou de surpresa com o objetivo de realizar o despejo das comunidades Eliana Silva, Camilo Torres e Irmã Dorothy. A polícia alegou que foi realizar a derrubada de apenas alguns barracos que estavam em construção (vale lembrar, de forma ilegal e sem mandato judicial). Independentemente dos motivos alegados pela PM, sua imensa truculência gerou indignação nas mais de 700 famílias que vivem nas três comunidades debaixo de tensão diária de sofrer um despejo a qualquer momento. Elas responderam aos ataques policiais com intensa mobilização. Barricadas foram formadas em frente às comunidades pelos moradores e outras 14 viaturas policiais foram acionadas assim, um enorme clima de medo e terror foi gerado. Junto ao aparato militar estavam 4 carros e um caminhão da Copasa. Os policiais durante todo o tempo agrediram verbalmente os moradores com xingamentos, provocações e ameaças. Fortemente armados, exibiam suas metralhadoras, revólveres, sprays de pimenta e cassetetes apontando-os para crianças, mulheres e idosos. Saíram correndo como “ratos” quando souberam da chegada de representantes da defensoria pública e de entidades de movimento sindical e de direitos humanos.
O que pudemos ver com essas ações é que a PM e a Prefeitura estão tentando criar um clima de terror nas famílias. Sem exagero, estamos diante de uma verdadeira guerra contra os pobres. Há alguns meses diversas incursões da PM e da Prefeitura vem sendo realizadas na região. Barracos de alvenaria foram derrubados, famílias tiveram cortados água e luz e ocorreram sobrevoos de helicópteros gerando muita desinformação.
Com ações cada dia mais agressivas, a PM e a PBH podem estar prestes a promover uma verdadeira tragédia na região.
Informamos a todos, que as famílias das três comunidades, demonstraram no dia de ontem mais uma vez, sua enorme disposição para luta e resistência. Nesse contexto, um processo de despejo das famílias, acarretará um verdadeiro banho de sangue na região.
Estamos mobilizados e vamos defender o direito humano de morar dignamente de todas as famílias dessas ocupações. Convocamos todas as pessoas de bem, defensoras da democracia e dos direitos humanos a se juntar ainda mais a nossa luta.
No sábado à noite, haverá um jantar em homenagem às mães da comunidade Eliana Silva que no mesmo dia, no ano passado, receberam de presente da Prefeitura de Belo Horizonte o despejo da primeira ocupação.
Seguimos na luta pela moradia digna, pela reforma urbana e uma pátria livre e soberana!

Belo Horizonte, 09 de maio de 2013
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB
Contato: (31) 9133-0983

quarta-feira, 8 de maio de 2013

ATENÇÂO A TODOS! DESPEJO EMINENTE!!!!

Polícia derruba barracos e ameaça despejar mais de 600 famílias das Ocupações Eliana Silva, Camilo Torres e Irmã Dorothy no Barreiro, região da Vila Santa Rita.

Hoje 08/05 policiais do batalhao de chque da Policia Militar, com uso de tratores e de apoio da guarda Municipal, derrubaram alguns barracos de alvenaria na Ocupação Irmã Dorothy. Além disso, dezenas de viaturas estão ameaçando psicologicamente os moradores e um clima de muita tensão e medo toma conta das famílias dessas comunidades.
As comunidades somadas têm 700 famílias!!!!!!

Pedimos ajuda de todos! Compartilhe, vá as ocupações! Mande e-mail, façamos pressão política na prefeitura! Não vamos deixar que essa tragédia aconteça!!

Contato: 9283-9027 ou 9133-0983

domingo, 5 de maio de 2013

FAMÍLIAS OCUPAM TERRENO POR MORADIA POPULAR EM DIADEMA



No terreno situado ao lado do novo estádio de futebol de Diadema, no bairro do Inamar zona sul da cidade, mais de 300 famílias iniciaram a ocupação Lucinéia Xavier do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas nas primeiras horas do dia 05 de maio.

São famílias que estão fartas de esperar e já não têm condições de pagar os valores absurdos de aluguel que estão sempre em alta na região. Em Diadema, em virtude da especulação imobiliária, o preço do aluguel de um quarto e banheiro chega a custar R$ 400,00. O aumento do custo de vida e os baixos salários estão fazendo com que mais e mais famílias vivam na rua. É preciso que uma política de habitação verdadeiramente popular vire realidade nesta cidade.

As famílias organizadas pelo MLB têm um longo histórico de lutas. Desde 2008, a partir de um duro processo de ocupações e sensibilização do poder público, iniciou-se a desapropriação de um terreno para garantir moradia às famílias do movimento. A atual administração municipal vem, no entanto, usando de vários instrumentos burocráticos para atrasar o efetivo início da construção, de maneira que este ano nada de concreto foi feito.

Sem outra alternativa e diante do desespero que é o despejo forçado, homens, mulheres e crianças ocuparam um terreno que há anos está abandonado e que apenas serve para a especulação com objetivo de reivindicar:

- Implantação efetiva do projeto Minha Casa, Minha Vida na cidade com o objetivo de atender, prioritariamente, as famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos, principais afetadas pela falta de moradia.

- Desapropriação imediata do terreno de interesse social situado na Avenida Apóstolo Pedro, Bairro do Inamar, com o cumprimento de TODOS os requisitos burocráticos para tanto.

- Inclusão imediata de todas as famílias do MLB, que há anos estão cadastradas na prefeitura, no programa de aluguel social.

Convidamos todo o povo de Diadema a participar desta luta e promover a solidariedade à ocupação Lucinéia Xavier. Queremos uma cidade melhor para todos. Com igualdade, moradia, emprego e segurança. Viva a luta popular!

Cordenação do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB

Ocupação Lucinéia Xavier – Av. Nossa Sra dos Navegantes (Ao lado do estádio municipal).

Contatos: Carol – (011) 98454,0407

MLB realiza ocupação em Diadema


Cerca de 300 famílias organizadas pelo MLB – Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas - acaba de realizar uma ocupação com o nome de Lucineia Xavier na região de Eldorado, Diadema

As famílias lutam pela desapropriação de uma área que já possui decreto de utilidade pública para fins desapropriação, é área especial interesse social (AEIS) e uma verba de 500 mil, liberada pelo Fumapis – todas estas conquistas do movimento até 2012.
 
Desde o início do ano o movimento tenta o diálogo com a atual gestão. Dia 30 de janeiro um ato foi realizado no centro de Diadema e em seguida uma comissão foi atendida pelo secretário de habitação, Eduardo Monteiro. Nesta reunião, diversas foram as promessas não cumpridas, tais como, discutir com o Prefeito como viabilizar o restante da verba e dar continuidade à desapropriação, impedir a utilização indevida do terreno, que vem servindo de estacionamento clandestino e mandar fazer o levantamento do plano-altimétrico e o teste de sondagem do solo. Nada disso foi feito! Em seguida, outras reuniões foram realizadas e mais compromissos foram descumpridos.

No Brasil, quase 8 milhões de famílias não tem casa própria: moram de aluguel, áreas de risco ou de favor. As famílias do MLB não são diferentes. Em Diadema estão na luta há cinco anos, na esperança de conquistar uma moradia digna, para a qual não tenham que dispender mais da metade do seu salário para pagar. Muitos foram o que já morreram nesta luta: dentre eles Sr. Cirilo e Lucineia Xavier, liderança do nosso movimento, falecida em 2010. Não é justo esperar mais. As famílias estão decididas e dispostas em resistir até que se cumpra a desapropriação do terreno.

Fonte: http://www.abcdoabc.com.br/diadema/noticia/mlb-realiza-ocupacao-em-diadema-10424